sábado, 27 de novembro de 2010

De janeiro a setembro.

Janeiro. Passou uma tempestade na minha vida. Não sei como descrever. Eu não estou como estava. E tudo que eu sempre achei que aconteceria, vai realmente acontecer. E apesar de saber que muita dor ainda vou sentir, não tenho medo. Sei quem vai estar ao meu lado e me sustentar quando eu cair. Estou mais forte, vou mais longe. A minha fraqueza não vai mais me derrubar como fazia antes. “Não tenho mais decepções” e quando ele me disse isso eu entendi, como se a resposta sempre tivesse a minha frente, mas eu nunca tivesse olhado para ela. Minhas palavras não vão mais dizer o que diziam antes, não sou como era antes. Não sofro mais como sofria. O espaço vazio foi preenchido e agora eu transbordo de euforia. Euforia e não alegria, pois eu estou em guerra e como poderia ser feliz com tanta gente morrendo? Feliz é aquele que fecha os olhos e não se importa com o mundo, vive em seu mundinho achando que tudo esta bem. NÃO, não está nada bem. Mas eu estou bem, não feliz, nem eufórica, apenas bem que pode ser simplesmente ausência de mal, e mal com “l” pois com “u” seria oposto a bom e nada é bom, e nada é ruim. Depende do dia. É só uma questão de costumes e influências. Costumes tanto no sentido de tradição como no sentido de se acostumar, influência no sentido de não ter opinião e simplesmente fazer aquilo que os outros gostam, pois no fundo, pra maioria das pessoas, é isso que importa, fazer o que os outros gostam, não o que os fazer bem, é diferente, é fazer o que eles gostam pra que eles gostem de você. Não, eu não quero te agradar, se eu quisesse você não gostaria de mim. Eu sou isso, assim confusa, mas sabendo exatamente o que quer. Eu só espero te ver buscando aquilo que você ouviria displicentemente. Mas eu vou partir sem dizer tchau, então me diga adeus agora... Setembro.