quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O começo de hoje.

Na imensidão do vazio, eu tenho um lugar. Eu choro, às vezes, mas ninguém há de reparar. Eu quis ser a melhor. Não pra mim, pra você. Dei-te tudo que podia, e mesmo assim, não foi o suficiente. Sempre estive ao seu lado e por isso você não me procurou. Sempre ouvi em silêncio e por isso você nunca me obrigou. Sempre chorei sorrindo e por isso você nunca reparou. Sei que me amas, nunca duvidei do seu amor. Mas não é só de amor que se mantém uma relação. Peço desculpa por te amar tão intensamente, pois é esse meu amor que te sufoca. Quero ir embora, mas tenho medo, sei que ira se sentir só quando todos tiverem ido embora e você não me encontrar ali, esperando você. Porém, não posso mais esconder as lágrimas de sangue que insistem em escorrer. Queria gritar teu nome e que você viesse me socorrer, mas e se eu chamar e você não vir. Se estiver ocupado, brincando de sofrer. Vai ser tão pior pra mim, ter outra lágrima a escorrer. Então eu calo e deixo a solidão cuidar de mim. Mas hoje nem ela esta aqui. Por isso, eu vou embora. Não consigo seguir assim. Vou levar você dentro de mim. Guardado em lugar que ninguém vai encontrar, nem mesmo eu.